João Luiz Correa

João Luiz Correa

No Rincão Do Risca Faca
Composição de (João Luiz Correa)
C 
O nego caco me assuntou de um bate-coxa 
                                            G 
no salão do carça-froxa, no rincão do risca-faca 

baile afamado, cheio de prenda faceira 
                                                  C 
tava armada a borracheira, pois hoje ninguém me ataca. 

Lá da porteira, avistei o entrevero 
  C7                                        F 
dáva pra ouvir o pandeiro e o gemido da cordeona 
                              C 
a matungada relinchando no arvoredo 
                   G                      C 
e os gritos do chinaredo, pateando qual redoma. 

   C7                 F                          C 
Tem cordeona e tem festança, num salão de chão batido 
                  G                     C 
Chinaredo a bola pé, querendo arranjar marido 
   C7                                            C 
tem cordeona e tem festança, num salão de chão-batido 
                 Dm          G             C 
fandango no risca-faca, é sempre mais divertido 

O nego caco me gritou: passe pra dentro 
                                                G 
já tá bufando o fermento, e o salão véio tá estufado 

puxa gaiteiro, uma vanera bem cuiúda 
                                                C 
já tem umas três beiçuda me bombeando do outro lado. 

Me atraquei numa morena espavitada 
   C7                                         F 
mais enfeitada, a marvada, do que toalha de cigano 
                                 C 
varemo a sala num trotezito de ganso 
                  G                       C 
acompanhando o balanço, da cordeona do paisano. 

Fedeu a porva e relampeava o facão 
                                    G 
encostado no balcão, o nego caco peleava 

com três maleva que abusaram da canha 
                                              C 
e um bochincho de campanha, no salão já se armava. 

O carça-frouxa, deu de mão num três oitão 
                 C7                     F 
foi pro meio do salão e furou o teto a bala 
                                   C 
- Ocêis não vão me escuiambar o fandango! 
                    G                        C 
gritou estalando o mango: quero respeito na sala!!!

Enviado por: Marcio Moresco

Corrigido por: sem correções