E                                                   
Me contaram um certo dia 
    B7              E 
Com muita sinceridade 
                B7 
Uma história verdadeira 
                  E          
Que não parece verdade 
F#              B7           
O impossível acontece 
     F#        B7  F# B7 
Pode ser realidade 

Quem contou foi um caboclo 
    E              A 
O homem conversa pouco 
      B7               E  B7  E 
Mas com muita autoridade 

E 
Na margem de uma estrada 
       B7            E 
No interior do meu estado 
                   B7 
Certa noite um sitiante 
                 E          
Acordou por um chamado 
F#                  B7           
Levantou, abriu a porta 
           F#      B7    F#  B7 
Foi logo cumprimentado 

Me desculpe meu senhor 
      E             A 
Venho lhe pedir um favor 
       B7             E  B7  E   
Porque me vejo obrigado 

E 
Eu sou um caminhoneiro 
       B7           E 
Trabalho como empregado 
                    B7 
Vou indo para São Paulo 
               E          
Com o Ford carregado 
F#                 B7           
Conduzindo porco gordo 
         F#         B7   F#  B7 
Para vender no mercado 

Num buraco ali na estrada 
      E             A 
O carro deu uma bacada 
       B7              E  B7  E   
Caiu o porco mais pesado 

E                                       
Com a maior boa vontade 
        B7         E 
O sitiante lhe atendeu 
                        B7 
Acordou os seus dois peões 
                    E          
E também um filhos seu 
F#                  B7           
Os caboclos eram fortes 
         F#          B7   F#  B7 
Pegou o porco e suspendeu 

Não cobraram um vintém 
      E              A 
Só Deus lhe pague e amém 
      B7              E  B7  E   
Montou no Ford e rompeu 

E 
No outro dia o sitiante 
     B7         E 
Como era acostumado 
                    B7 
Foi levar ração na ceva 
                    E          
O portão estava quebrado 
F#                   B7           
E faltava um porco preto 
     F#              B7  F#  B7 
Por sinal o mais cevado 

Foi então que compreendeu 
      E                 A 
Que o homem que ele atendeu 
      B7           E  B7  E   
Era ladrão de capado