Fausto Bordalo Dias

Fausto Bordalo Dias

O Barco Vai De Saida
nível intermediario
Intro  A  D  A  D 
                             


              A                 A7           D 
O barco vai de saída , adeus ó cais de Alfama,  se agora vou de partida 

                   A         A7 D                                 
Levo-te comigo ó cana verde, lembra-te de mim ó meu amor 
                         A            A7       D 
Lembra-te de mim nesta aventura, pra lá da loucura,   pra lá do Equador. 

                     A               A7                D 
Ah! mas que ingrata ventura bem me posso queixar,      da pátria a pouca fartura 
                        A          A7    D 
Cheia de mágoas, ai quebra mar!, com tantos perigos, ai minha vida! 
                      A                     A7          D 
Com tantos medos e sobressaltos, que eu já vou aos saltos,    que eu vou de fugida. 


    C#                   F#m C                 Dm 
        Sem contar essa história escondida,    por servir de criado a essa senhora 
        A               Bm 
        Serviu-se ela também tão sedutora 
                      F# A              D 
        Foi pecado, foi pecado  -         e foi pecado sim senhor 
          chA          D                          
        Que vida boa era a de Lisboa 


Gingão de roda batida, corsário sem cruzado, ao som do baile mandado 
Em terras de pimenta e maravilha, com sonhos de prata e fantasia 
Com sonhos da cor do arco-íris, desvairas se os vires, desvairas magia 

Já tenho a vela enfunada, marrano sem vergonha, judeu sem coisa sem fronha 
Vou de viagem ai que largada, só vejo cores, ai que alegria 
Só vejo piratas e tesouros, são pratas são ouros, são noites são dias 

        Vou no espantoso trono das águas, vou no tremendo assopro dos ventos 
        Vou por cima dos meus pensamentos 
        Arrepia, arrepia - e arrepia sim senhor 
        Que vida boa era a de Lisboa 

O mar das águas ardendo, o delírio dos céus, a fúria do barlavento 
Arreia a vela e vai marujo ao leme, vira o barco e cai marujo ao mar 
Vira o barco na curva da morte, olha a minha sorte, olha o meu azar 

E depois do barco virado, grandes urros e gritos, na salvação dos aflitos 
Esfola, mata, agarra, aii quem me ajuda, reza, implora, escapa, ai que pagode 
Reza tremem heróis e eunucos, são mouros são turcos, são mouros acode 

        Aquilo é uma tempestade medonha, aquilo vai p´ra lá do que é eterno 
        Aquilo era o retrato do inferno 
        Vai ao fundo, vai ao fundo - e vai ao fundo sim senhor 
        Que vida boa era a de Lisboa.

Enviado por: Wellysson Ferreira

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