[Verso 1]
Em7/9           A7/13            D7M                    D# 
Passa o passarinho, coqueiro chacoalha com os cantos do ar 
Em7/9           A7/13            D7M                    D# 
Vejo o invisível no balanço das águas de Iemanjá 
Em7/9           A7/13            D7M                    D# 
Meninos, meninas, brincando, castelos de areia estão a montar 
Em7/9           A7/13            D7M                    D# 
Mulheres deitadas no sol cochichando amores do fundo do mar  


[Ponte]
G7M           G#             D7M              C#7 
Depois desse vivo momento de paz no nosso astral 
F#m7 
Me pedem um trago e me lembro 
Em                     A7/5+ 
de outro viés desse local 
   

[Refrão]
Dm                      C                G 
O que se mistura na areia lá no concreto é bem visceral 
Dm                 C                G 
Bem vindo ao Brasil, país que ostenta ser desigual 


Em7/9                   A7/13            D7M          D# 
Tribos, quilombos, resistem com sua cultura fundamental 
Em7/9                   A7/13            D7M          D# 
Mas pelas ruas só vemos alguns monumentos de Portugal 
Em7/9                   A7/13            D7M          D# 
Morros, favelas malditas ao lado de prédios com 600 degraus 
Em7/9                   A7/13            D7M          D# 
Crianças de lá trabalham e outras só vivem no que é virtual 


[Ponte]
G7M           G#              D7M                  C#7 
Cachorros mais bem tratados que aquele louco por estar isolado 
F#m7                   Em                   A7/5+ 
Chamem logo os guias, estamos todos anestesiados  


Em7/9                   A7/13            D7M          D# 
Esquecendo esses dilemas, não vejo grades na orla local. 
Em7/9                   A7/13            D7M          D# 
Só as invisíveis, mantendo a paz do povo em geral