Luiz Marenco

Luiz Marenco

Vaneira Da Bossoroca
Composição de (Jayme Caetano Braun / Pedro Guerra)
G D7 Em D7 G 

                              D7                                          G 
Velha vaneira baguala que estufa os foles da gaita 
                                  D7                              G 
Riscando a unha do taita cheia de furo de bala 
                                D7                                G 
Tomando conta da sala o mesmo que lagartixa 
              G7           C                    D7                   G 
E o chinaredo cochicha quando seu ronco se cala 

                         D7                                   G 
Se mistura no balanço a poeira do chão batido 
                                D7                                  G 
E os babados do vestido corcoveiam sem descanso 
G7                             C                                G 
E o índio metido a ganso grudado a fita vermelha 
                                    D7                                   G 
Fica boqueando na orelha num jeitão de sorro manso 

                             D7                                         Em7 
(A fumaça do candeeiro se adelgaça e se esparrama 
                                  D7                            G 
Perseguindo alguma dama de sorriso feiticeiro 
                                D7                                Em7 
E nunca falta um salseiro que é tradição secular 
                                     D7                              G 
E os índios que vem mamar na garrafa do gaiteiro) 
Int. 
                                      D7                                      G 
Vaneira que nasceu guacha na caixa de uma cordeona 
                                   D7                                            G 
Mamando numa siá dona destas que escondem a graxa 
                                   D7                                      G 
Andou na pampa buenacha queimada de sol e brasa 
            G7                   C         D7                  G 
E quando não tinha casa dormia dentro da caixa 
Int. 
                                    D7                               G 
Nos comércios de carreira nos velórios e carpeta 
                                    D7                                   G 
Sob a quincha das carretas ouvindo truco e primeiras 
                                    D7                                       G 
Nos bochinchos de fronteira nunca vai faltar um taita 
             G7                C                    D7        G 
Pra dar um talho na gaita e deixar livre a vaneira 

                                 D7                             G 
O próprio índio que toca esta vaneira machaça 
                               D7                                  G 
É o sacerdote da raça nas bruxarias que invoca 
G7                             C                                       G 
E os arrepios que provoca neste galope estendido 
                                   D7                                        G 
Nos levam ao chão batido dos ranchos da bossoroca 
( )

Enviado por: Edson Oliveira

Corrigido por: sem correções