Contra-baixo Elétrico
Saiba mais sobre o instrumento dos sons graves.
enviado por: Ana Karoline Villela
O contrabaixo elétrico (ou apenas baixo elétrico) é um instrumento de cordas semelhante a uma guitarra elétrica, maior em tamanho e com um som mais grave. É também um dos instrumentos mais importantes na música moderna. Ele é muito relacionado e inspirado no Contrabaixo Clássico.
É usado por diversos estilos musicais, indo do rock n’ roll ao disco, e nos ritmos brasileiros possui uma importância significativa, como no axé e no forró. Com seus sons graves, é o responsável, junto com a percursão, pelo ritmo e balanço das músicas. Um dos maiores contrabaixistas da história da música foi Jaco Pastorius.
Características e História
Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento.
O primeiro baixo-elétrico a ser produzido em massa foi desenvolvido pela Fender, conhecido fabricante de guitarras. A mudança do formato do instrumento, para algo parecido com uma guitarra e a utilização de trastes facilitaram seu uso. O primeiro Fender Precision Bass foi vendido em 1951. Outro modelo lendário,
o Fender Jazz Bass foi lançado em 1960.
Em seguida, outras companhias como a Gibson, a Danelectro e várias outras começaram a produção de seus modelos próprios de baixos elétricos. Isso permitiu aos baixistas variar os sons e o visual para adequar às suas bandas. Este trabalho continuou, e muitas outras companhias e luthiers continuaram o trabalho da Fender.
Design
O baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como por exemplo:
• Número de cordas (e afinação):
o Como o modelo original de Clarence Leo Fender, que tinha 4 cordas afinadas em GDAE (da mais aguda à mais grave), (ou algumas vezes em GDAD).
o Cinco cordas (geralmente GDAEB (também da mais aguda à mais grave), podendo em alguns casos ser CGDAE).
o Seis cordas (geralmente CGDAEB (da mais aguda à mais grave), mas EBGDAE também tem sido usado).
o Mais de 6 cordas, envolvendo cordas semelhantes as de uma guitarra.
o Baixo Tenor - CGDA.
o Baixo Piccolo - GDAE (uma oitava acima da afinação normal).
• Captadores:
o Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente pode-se encontrar:
Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal).
Mais de um captador, dando uma variação de tons maior.
Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou do braço do instrumento.
Sistemas não magnéticos, como “piezos” ou sistemas “Lightwave”, que permitem ao baixista usar cordas não metálicas.
• Formato e cor do instrumento:
o Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do instrumento a efeitos visuais muito interessantes.
o Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar).
o Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte).
• Trastes:
o Com trastes (Fretted) - como a maioria das guitarras.
o Sem trastes (Fretless) - como a maioria dos contrabaixos acústicos.
Estilos
Como qualquer instrumento, o baixo elétrico pode ser tocado em diversos números de estilos. Baixistas como Paul McCartney têm um estilo mais melódico, enquanto Les Claypool da Primus e Flea do Red Hot Chili Peppers têm um estilo mais “funk”, usando muito da técnica do slap and pop, que é dar um “tapinha”
na corda com o polegar e dar um estalo ao soltar outra corda. Alguns artistas, como Pino Palladino, usam um baixo fretless (sem trastes) para um som mais “abafado”. Jaco Pastorius foi o responsável pela popularização do fretless, nos anos 70.
Larry Graham introduziu o método do “thumb and pop” ou “slap” nos anos 60. Seu som ficou conhecido principalmente em 1970, com a música “Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin)”. Nos anos 70, Stanley Clarke desenvolveu a técnica de Graham, deixando o método mais parecido ao que é feito atualmente.
Hoje em dia Marcus Miller e Victor Wooten são dois dos principais baixistas que usam esse estilo de tocar. No Brasil Celso Pixinga e Roger Solari são excelentes referências do estilo.
A maioria dos baixistas tocam suas notas com os dedos, mas alguns preferem o uso de palhetas. Isto varia entre os gêneros musicais. Muito poucos adeptos do estilo “funk” usam palhetas.
Técnicas
Slap
A técnica surgiu por volta de 1961, quando Larry Graham estava em uma sessão de gravação em estúdio e, momentaneamente, ficou sem baterista. Ele então começou a bater e puxar as cordas, na tentativa de imitar o som do bumbo e da caixa...
Consiste em percutir e puxar as cordas usando o polegar e os outros quatro dedos da mão direita (ou esquerda, para canhotos).
Pizzicato
O pizzicato é uma técnica muito usada, mais parecida com a usada em contra-baixos clássicos em shows de jazz. Certo dia, em 1911, Bill Johnson, que tocava contrabaixo (com arco) na Original Creole Jazz Band, teve o arco quebrado. Não tendo outro à mão, Bill tratou de tocar dedilhando as cordas com os dedos da mão direita.
O resultado agradou tanto que desde então (quase) nunca mais se usou o arco para tocar esse instrumento. Usa-se (normalmente) os dedos indicador e médio para atacar as cordas, podendo-se utilizar também o anelar (muito usado em músicas rápidas, como o heavy metal) e o dedo mínimo, alguns poucos contrabaixistas usam o
polegar para cima e para baixo, como uma palheta, porém é uma técnica usada por poucos. Um dos grandes mestres desta técnica é o baixista Francis “Rocco” Prestia, membro da banda Tower of Power que possui uma técnica peculiar neste estilo. Usando muitas “ghost notes” (notas - fantasma) e stacatos faz com que o instrumento
pulse incansavelmente no groove da banda.
Fretless
A técnica para fretless é bem diferente do contra-baixo acústico e muito semelhante ao baixo-guitarra, tocando-se com dois, três ou quatro dedos da mão direita. Seu som produz um sustain longo e pronunciado e tem um timbre parecido com o do acústico. Para estilos musicais mais vintage, folk, recomenda-se cordas flatwound
e para funk e ritmos mais modernos a partir dos anos 80, cordas roundwound, onde pode se aplicar também o slap em lugar do pizzicatto.
Por se tratar de um instrumento não temperado (Não tem trastes para definir a altura das notas na escala), a técnica consiste em treinar o ouvido pra que as notas saiam afinadas, e aumentar a precisão dos dedos da mão esquerda para que o som saia mais limpo. Se não houver marcação na régua, basta soar a corda “E” e a “A”
e glissar até que soem iguais. A partir daí se tira as terças as quartas as quintas e as outras notas da escala.
[email protected]
É usado por diversos estilos musicais, indo do rock n’ roll ao disco, e nos ritmos brasileiros possui uma importância significativa, como no axé e no forró. Com seus sons graves, é o responsável, junto com a percursão, pelo ritmo e balanço das músicas. Um dos maiores contrabaixistas da história da música foi Jaco Pastorius.
Características e História
Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento.
O primeiro baixo-elétrico a ser produzido em massa foi desenvolvido pela Fender, conhecido fabricante de guitarras. A mudança do formato do instrumento, para algo parecido com uma guitarra e a utilização de trastes facilitaram seu uso. O primeiro Fender Precision Bass foi vendido em 1951. Outro modelo lendário,
o Fender Jazz Bass foi lançado em 1960.
Em seguida, outras companhias como a Gibson, a Danelectro e várias outras começaram a produção de seus modelos próprios de baixos elétricos. Isso permitiu aos baixistas variar os sons e o visual para adequar às suas bandas. Este trabalho continuou, e muitas outras companhias e luthiers continuaram o trabalho da Fender.
Design
O baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como por exemplo:
• Número de cordas (e afinação):
o Como o modelo original de Clarence Leo Fender, que tinha 4 cordas afinadas em GDAE (da mais aguda à mais grave), (ou algumas vezes em GDAD).
o Cinco cordas (geralmente GDAEB (também da mais aguda à mais grave), podendo em alguns casos ser CGDAE).
o Seis cordas (geralmente CGDAEB (da mais aguda à mais grave), mas EBGDAE também tem sido usado).
o Mais de 6 cordas, envolvendo cordas semelhantes as de uma guitarra.
o Baixo Tenor - CGDA.
o Baixo Piccolo - GDAE (uma oitava acima da afinação normal).
• Captadores:
o Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente pode-se encontrar:
Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal).
Mais de um captador, dando uma variação de tons maior.
Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou do braço do instrumento.
Sistemas não magnéticos, como “piezos” ou sistemas “Lightwave”, que permitem ao baixista usar cordas não metálicas.
• Formato e cor do instrumento:
o Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do instrumento a efeitos visuais muito interessantes.
o Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar).
o Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte).
• Trastes:
o Com trastes (Fretted) - como a maioria das guitarras.
o Sem trastes (Fretless) - como a maioria dos contrabaixos acústicos.
Estilos
Como qualquer instrumento, o baixo elétrico pode ser tocado em diversos números de estilos. Baixistas como Paul McCartney têm um estilo mais melódico, enquanto Les Claypool da Primus e Flea do Red Hot Chili Peppers têm um estilo mais “funk”, usando muito da técnica do slap and pop, que é dar um “tapinha”
na corda com o polegar e dar um estalo ao soltar outra corda. Alguns artistas, como Pino Palladino, usam um baixo fretless (sem trastes) para um som mais “abafado”. Jaco Pastorius foi o responsável pela popularização do fretless, nos anos 70.
Larry Graham introduziu o método do “thumb and pop” ou “slap” nos anos 60. Seu som ficou conhecido principalmente em 1970, com a música “Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin)”. Nos anos 70, Stanley Clarke desenvolveu a técnica de Graham, deixando o método mais parecido ao que é feito atualmente.
Hoje em dia Marcus Miller e Victor Wooten são dois dos principais baixistas que usam esse estilo de tocar. No Brasil Celso Pixinga e Roger Solari são excelentes referências do estilo.
A maioria dos baixistas tocam suas notas com os dedos, mas alguns preferem o uso de palhetas. Isto varia entre os gêneros musicais. Muito poucos adeptos do estilo “funk” usam palhetas.
Técnicas
Slap
A técnica surgiu por volta de 1961, quando Larry Graham estava em uma sessão de gravação em estúdio e, momentaneamente, ficou sem baterista. Ele então começou a bater e puxar as cordas, na tentativa de imitar o som do bumbo e da caixa...
Consiste em percutir e puxar as cordas usando o polegar e os outros quatro dedos da mão direita (ou esquerda, para canhotos).
Pizzicato
O pizzicato é uma técnica muito usada, mais parecida com a usada em contra-baixos clássicos em shows de jazz. Certo dia, em 1911, Bill Johnson, que tocava contrabaixo (com arco) na Original Creole Jazz Band, teve o arco quebrado. Não tendo outro à mão, Bill tratou de tocar dedilhando as cordas com os dedos da mão direita.
O resultado agradou tanto que desde então (quase) nunca mais se usou o arco para tocar esse instrumento. Usa-se (normalmente) os dedos indicador e médio para atacar as cordas, podendo-se utilizar também o anelar (muito usado em músicas rápidas, como o heavy metal) e o dedo mínimo, alguns poucos contrabaixistas usam o
polegar para cima e para baixo, como uma palheta, porém é uma técnica usada por poucos. Um dos grandes mestres desta técnica é o baixista Francis “Rocco” Prestia, membro da banda Tower of Power que possui uma técnica peculiar neste estilo. Usando muitas “ghost notes” (notas - fantasma) e stacatos faz com que o instrumento
pulse incansavelmente no groove da banda.
Fretless
A técnica para fretless é bem diferente do contra-baixo acústico e muito semelhante ao baixo-guitarra, tocando-se com dois, três ou quatro dedos da mão direita. Seu som produz um sustain longo e pronunciado e tem um timbre parecido com o do acústico. Para estilos musicais mais vintage, folk, recomenda-se cordas flatwound
e para funk e ritmos mais modernos a partir dos anos 80, cordas roundwound, onde pode se aplicar também o slap em lugar do pizzicatto.
Por se tratar de um instrumento não temperado (Não tem trastes para definir a altura das notas na escala), a técnica consiste em treinar o ouvido pra que as notas saiam afinadas, e aumentar a precisão dos dedos da mão esquerda para que o som saia mais limpo. Se não houver marcação na régua, basta soar a corda “E” e a “A”
e glissar até que soem iguais. A partir daí se tira as terças as quartas as quintas e as outras notas da escala.
[email protected]