[Intro ]A9  A6(9)  A7(9)  A9 

Am         Dm7               G7(13)          C7M(9)  G/B      Am  Am/G   
  A Lua se deita com sua brancura na água escura     de Abaeté 
            F#m7(5-)        F7M  F7M/E      Em7  
O poeta procura na fina areia a luz que mareia 
                Am  Am7 
E um rosário de Fé 
      Em7/G    F7M                     Dm7                   
Há um canto sofrido, que é quase um bramido 
               G7          C7M 
De um ser escondido em Abaeté 
Bb7M              Gm7                   C7                 Dm  Dm7 
   É mãe dágua chamando, encantando e levando menino e mulher 
                Gm7               C7                F7M 
E na noite estrelada, bordada de prata, levou pescador 
       F7M/E     Bm7(5-)  C#º               Eº                   A7 
Uma jangada enfeitada,     depois da alvorada, se desfez no vapor 
Dm7                   Gm7                  C7               F7M 
   Com seu vestido de renda, depois da oferenda, chegou tia Jô 
      F7M/E     Dm7               Em7(5-)           A7 
Com o olhar serenado e o corpo pintado de mel e dendê 

Bm7             Em7                  A7             D7M 
   Marcava o compasso, sem nenhum cansaço, no maculelê 
      D7M/C#   G7M                   Gº           F#7 
João Obá assoviava enquanto Cira fritava seu acarajé 

Ebm7             G#m7              Db7 
    Valei-me, valei-me! Meu Logun Edé! 
Db7(9)            Gb7M    Gb7M/F  Ebm7 
    Me livre das águas de Abae...té 
            Fm7(5+)        Fº     Bb7 
Me leve no assento, na garupa do vento 
            Ebm7    Ebm7/C#   B6 
Me salve do mar, eu quero   alento 
             Bb7             Ebm7 
Curar meu tormento, lá no Gantois 

Em7             Am7                D7 
   Valei-me, valei-me! Meu Logun Edé! 
D7(9)            G7M      G7M/F#  Em7 
   Me livre das águas de Abae...té 
            F#m7(5+)  F#º              B7 
Me leve no assento,    na garupa do vento 
            Em7     Em7/D   C6 
Me salve do mar, eu quero alento 
             B7               Em9 
Curar meu tormento, lá no Gantois